quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Ementa Brasil Republicano


UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: História do Brasil Republica (1889-1945)
CARGA HORÁRIA: 60 horasaula
PERÍODO LETIVO: 2013.2
HORÁRIO: Quintas 4/5, Sextas 1/3  SALA: à definir    ENCONTROS: 24
PROFESSOR: Gustavo Alonso  Email: gustavoalonsoferreira@gmail.com;
FACEBOOK: "História do Brasil Republicano" https://www.facebook.com/groups/1410647735817144/

EMENTA: Historia do Brasil no séc. XX.  Estudo das historiografias sobre o período.  Análise das principais polêmicas e revisões historiográficas contemporâneas sobre o período.
TEMÁTICA E OBJETIVOS: o curso privilegiará as disputas historiográficas do Brasil República buscando dar um panorama dos debates. A questão da cidadania, a formação de consensos autoritários e a formação das classes trabalhadoras serão os fios condutores, bem como os temas da cultura popular, sempre através do debate em sala de aula, visando a elaboração de um pensamento crítico.
METODOLOGIA: A disciplina será ministrada através da discussão de textos  e aulas expositivas.
AVALIAÇÃO: Duas provas individuais, dissertativas.  Entrega de fichamentos dos textos no dia de discussão do texto (ver Guia do aluno – fichamento no blog do curso). Participação em sala. Participação em pelo menos 2 dias como responsável pela condução da discussão dos textos. Nos dias em que aluno ficar encarregado da discussão do texto não precisará entregar fichamento.  .

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES E LEITURAS OBRIGATÓRIAS:

Encontro
Eixo
Atividades
Aula inaugural
Apresentação do curso, do professor e dos alunos
O início da
Primeira República

Carvalho, José Murilo de. “Bandeira e hino: o peso da tradição”. IN: A formação das almas: o imaginário da república no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. 2008, pp. 109-128.
3
O processo de formação da Primeira República
Resende, Maria Efigênia Lage de.  "O processo político na Primeira República e o liberalismo oligárquico". Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003
Classe operária na Republica
Batalha, Cláudio. “Formação da classe operária e projetos de identidade coletiva”. IN: Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003, pp. 161-189. BAIXE-O AQUI
5
Revoltas regionais
Hermann, Jacqueline. Religião e política no alvorecer da República: os movimentos de Juazeiro, Canudos e Contestado”.  IN: Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.  2003, pp. 121-159.
5
O cangaço
???? "Terra ignota: cangaço e representações dos sertões do nordeste brasileiro na primeira metade do século XX".  No prelo para sair na Revista Outros Tempos, do Departamento de História da UEMA. BAIXE-O AQUI
6
Cultura Popular, formação da cidadania e esportes na Primeira República
Soihet, Rachel. “O povo na rua: manifestações culturais como expressão de cidadania”. IN: Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 2.  Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003, pp. 287-321.
7
Revoltas no exército
Lanna Júnior, Mário Cléber. "Tenentismo e crises políticas na Primeira República" IN: Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003
Crise da república
Ferreira, Marieta de Moraes & Pinto, Surama Conde Sá. "A crise dos anos 1920 e a Revolução de 1930".  IN: Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003. BAIXE-O AQUI
9
A revolução de 1930
Fausto, Boris. Cap. III: “A ‘derrubada’ das oligarquias’” e “Conclusão”. IN: A Revolução de 1930. São Paulo: Brasiliense. 1994 (original de 1970), pp. 86-114. BAIXE-O AQUI
10
Prova
PROVA individual.
11
As incertezas do regime
Pandolfi, Dulce Chaves. "Os anos 1930: as incertezas do regime". IN: Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 2.  Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003, 13-38
12
ABI
Maio, Marcos Chor & Cytrynowicz, Roney. "Ação Integralista Brasileira: um movimento fascista no Brasil (1932-1938). Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 2.  Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003, pp. 39-62
13
PCB e ANL
Vianna, Marly de Almeida G.. "O PCB, a ANL e as insurreições de novembro de 1935". Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 2.  Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003, pp. 63-106
14
O legado de Gilberto Freyre
SOUZA, Jessé. Gilberto Freyre e a singularidade cultural brasileira. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 12(1): 69-100,
maio de 2000. BAIXE-O AQUI:
15
A invenção do Nordeste
Albuquerque Jr., Durval Muniz. "Espaços da saudade", "Enredos da tradição" e "A invenção do Nordeste". A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez, 2011, pp. 78-122.
16
Cultura sob Estado Novo
Velloso, Monica Pimenta. "Os intelectuais e a política cultural do Estado Novo" N: Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 2.  Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003, pp. 145-180.
17
A questão da cidadania nos anos 30
Carvalho, José Murillo. "Cap. II: Marcha acelerada (1930-1964)", "1930: Marco divisório" e "Os direitos sociais na dianteira (1930-1945). Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2013, pp. 85-125.
18
Trabalho e cidadania
Fortes, Alexandre & Negro, Antonio Luigi. "Historiografia, trabalho e cidadania no Brasil". IN: Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 2.  Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003
19
O Estado Novo: ditadura e consenso no Brasil
Gomes, Angela de Castro. Cap. VI: “A invenção do trabalhismo”. IN: A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: FGV. 2005, pp. 211-236. BAIXE-O AQUI.
20
Historiografia do “populismo”
Ferreira, Jorge. “O nome e a coisa: o populismo na política brasileira”. IN: Ferreira, Jorge. O populismo e sua história: debate e crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2001, pp. 59-124. BAIXE-O AQUI
21
Cidadania no Estado Novo
Neves, Berenice Abreu de Castro. "Pertencer à nação brasileira: a jangada de São Pedro rumo à Capital Federal (1941)". Cad. AEL, v.11, n.20/21, 2004.  Baixe-o AQUI.
23
Fim do Estado Novo e redemocratização
Ferreira, Jorge. "A democratização de 1945 e o movimento queremista". IN: Ferreira, Jorge & Delgado, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. Vol. 3.  Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003, pp. 13-46.
24
PROVA
Prova: questões dissertativas sobre as historiografias apresentadas.
25º
VS
Entrega das notas e balanço do curso






Obs.: Alguns textos já estão digitalizados (BAIXE-O AQUI*) e serão compartilhados através do blog do curso, não havendo necessidade de xerocá-los.  O endereço do blog é  http://historiadobrasilrepublicanouema.blogspot.com.br/

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Guia do aluno - fichamento

Para se fazer um bom fichamento, é preciso saber primeiro o que você NÃO deve fazer:

-Um fichamento não deve conter citações.  Use suas próprias palavras.  Lembre-se: o objetivo do fichamento NÃO é REPRODUZIR, NEM RESUMIR, mas FICHAR.

-um bom fichamento deve saber hierarquizar as idéias do autor, priorizando a tese central do texto.  Não enfatize teses periféricas, embora as possa citar.

-um bom fichamento tem, normalmente, de uma a duas páginas.  Mais do que isso deixa de ser fichamento para ser um resumo alongado.

-evite o texto em prosa.  A idéia do fichamento é indicar com algumas frases os pontos centrais do texto.

-Não faça o fichamento enquanto lê o texto.  Um bom fichamento precisa "sacar" qual é a TESE do texto.  Para isso é preciso ler o texto todo, e só depois saber hierarquizar as informações.

-Não será aceito fichamento atrasado ou entregue por outro aluno que não o próprio.  Logo, a presença é fundamental para entrega do fichamento. Então, não falte às aulas!


Agora o que se deve fazer:

-não há desculpa para não fazer um fichamento.  Ele pode ser entregue feito em computador ou mesmo à mão.

-Não quero "fichas" ou pequenas folhas.  O fichamento deve vir em folhas de papel A4.  Lembrem-se que guardarei muitos fichamentos.

-Analise a TESE central do texto.  Todo texto tem uma tese central.  Indique-a de forma resumida.

-A partir da tese central faça seu fichamento.  HIERARQUIZE as informações a partir desta.  Não se preocupe com detalhes textuais, exemplos e outras informações periféricas. Concentre-se na TESE.

-Faça o fichamento depois de ler o texto INTEGRALMENTE.

-Fichamento não é resumo.  Evite a prosa!  Embora um pouco inevitável, tente evitá-la ao máximo.  Coloque frases sintéticas, que provem que você leu e entendeu o texto.



Dicas gerais:

-Não falte às aulas.  Além da chamada normal, você estará sendo julgado pelo fichamento e participação em sala.  A função do fichamento é estimular a discussão em sala, de forma que ninguém fique "boiando" durante as discussões.

-Não fazer os fichamentos pode levar à reprovação.  Há um mínimo de 75% exigido pelo departamento como presença.  Exigerei também um mínimo de 75% dos fichamentos feitos.  Ou seja, 1/4 dos fichamentos podem não ser feitos, caso o aluno se contente com a mediocridade.  Mas lembrem-se: toda falta é necessariamente um fichamento perdido! NÃO ADIANTA PEDIR PARA O COLEGA ENTREGAR!  Caso alguém falte 25% das aulas, automaticamente já está com a corda no pescoço! Se deixar de entregar mais um fichamento, é bomba! Não digam que eu não avisei!

-Não se esqueçam que eu lerei os fichamentos.  Um fichamento mal feito pode ser desconsiderado como válido!  De forma que não é pra fazer de qualquer maneira, obviamente! O objetivo é ajudar o conhecimento, não estimular a mediocridade.

-É impossível que dois fichamentos feitos de forma independente terminem iguais!  De forma que o fichamento é INDIVIDUAL!  Cópias serão desconsideradas!

Orientações para a preparação de um seminário

O seminário é a exposição oral de um trabalho coletivo de estudo de um texto. Sua função em nosso curso é facilitar a compreensão dos colegas dos pontos principais do material lido e criar um ambiente favorável para a discussão e esclarecimento de dúvidas sobre o conteúdo abordado.

O seminário em grupo é parte da avaliação dos alunos. Mas a sua finalidade deve ser compreendida, antes de tudo, como uma oportunidade de aprendizado e de prática da exposição de idéias e argumentos. Se essa oportunidade for bem aproveitada, os alunos terão uma boa nota.

Muitos alunos costumam dizer que não gostam de falar em público. Ao menos três respostas cabem aqui: 1) a maioria de nós não gosta, mas a maioria de nós terá que ganhar a vida expondo suas idéias em algum momento; 2) o ‘público’ dos nossos seminários são os colegas, que estão na mesma condição e que sabem tanto ou menos do que o expositor que terá se preparado para esta tarefa; 3) o conhecimento é uma construção coletiva e relacional, não basta ler os textos, é necessário conversar sobre eles, discutir os pontos polêmicos e nebulosos; testar se o seu entendimento corresponde àquilo que os outros também perceberam, ou se você acaba de ter uma grande sacada, que inspirará outras pessoas...

Mas, para que o seminário seja uma experiência interessante para quem o faz e quem o ouve, é preciso preparar-se, estudar o texto, discuti-lo com os seus parceiros de grupo, organizar a exposição e estar consciente do que é o mais importante a ser compartilhado sobre um autor ou um tema.

Dicas do que fazer:

1 – Cada membro do grupo deve ler o texto todo individualmente, fazer anotações sobre o que compreendeu e sobre suas dúvidas, antes da primeira reunião de trabalho. Procure saber quem é o autor e quais são as suas obras;

2 – Na reunião de trabalho, os membros do grupo devem por-se de acordo sobre quais são as idéias principais do texto, devem discutir suas dúvidas. Procurem o professor ou o monitor (caso haja), se acharem necessário. Identifiquem os objetivos do autor, os principais conceitos que ele mobiliza, os argumentos que utiliza para embasar suas proposições, os dados que fornece para amparar seus argumentos, as conclusões a que chega. Procurem identificar as motivações e o contexto em que o autor escreveu seu texto: em quais idéias e autores ele se ampara, contra quem ele escreve, que idéias ele combate, como realizou a pesquisa que embasou a escrita do texto lido.

3 – Apenas depois de discutir bastante e elaborar as respostas às perguntas acima, depois que todos os membros do grupo estiverem conscientes do conteúdo do texto, comecem a organizar a exposição. Qual a melhor forma de comunicar o conteúdo do texto? Quais são os tópicos mais importantes? Usarão algum recurso audiovisual, PowerPoint, um trecho de filme? Quanto tempo levarão para desenvolver cada tópico? O que é possível falar no tempo disponível?

4 – Somente depois de terem pensado TODA a exposição, dividam as tarefas. O que cada um fará durante a exposição e quando tempo terá disponível para isso?

5 -  Divergências entre os expositores não são necessariamente algo ruim.  Haver polêmica entre os expositores é algo bem-vindo, desde que fique claro para o ‘público’ o ponto de divergência.


Dicas do que NÃO fazer:

1 – Não dividam o texto por número de páginas a serem lidas e expostas por cada pessoa antes mesmo de saber onde fica o xerox! Todo o grupo deve ter lido o texto todo.  Não faça um trabalho ‘Frankstein’, no qual cada um só sabe “a sua parte”.  Fica na cara de todo mundo que o conhecimento fracionado dificilmente chega a lugar algum. 

2 – Não improvise! Não chegue no dia com suas 5 páginas do livro grifadas para procurar, ali na hora do pênalti, onde estão as coisas tão importantes que o autor tinha a dizer... quais são elas mesmo, desculpem, estou um pouco nervoso, estava bem aqui...

3 – NÃO LEIA a sua exposição! Se produzir um texto bem feito sobre o seu seminário, imprima-o e distribua na hora, envie por e-mail, publique em seu blog, isto será muito bem vindo! Mas, por favor, não leia nada na hora! Tenha à mão apenas uma folha com os pontos mais importantes para guiar-se e não esquecer. Mostre que você sabe do que está falando.

4 – Não se prenda aos mínimos detalhes. Suponha que todos os presentes leram (ou lerão em breve) o texto a ser exposto. Fale com seus colegas como se eles compartilhassem o conhecimento do que você está dizendo. Seu objetivo é apenas apresentar de outra forma aquilo que está sendo discutido nas aulas.

5 – Não desanime ou se atrapalhe se o professor ou outro colega disser aquilo que você tinha se preparado para dizer. Você certamente dirá a coisa de uma outra forma, reforçando a importância daquele tópico para a compreensão do conteúdo. Execute aquilo que foi combinado, porque a sua parte é importante para o conjunto do seminário.

6 – Não exceda o tempo previsto em sua exposição. Mas também não se seja tão breve que dê aos ouvintes a sensação de que você não tinha nada de importante a dizer e estava ali só para ganhar o ponto na nota.


Outras dicas:

- Aprender a trabalhar em grupo é uma arte, um exercício extremamente útil para sobreviver em sociedade. Aproveite!

- Todas as pessoas são tímidas. Algumas apenas aprendem a disfarçar melhor e lidar bem com isso.

- Cada pessoa sabe alguma coisa. E não sabe muitas outras. Aproveite o seminário para fazer essa troca.

- O objetivo do seminário é facilitar o seu aprendizado mediante a relação com os outros que estão na mesma situação, seja você o expositor ou o ouvinte.